quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Sonho antigo

Do sonho antigo passando até o presente-passado, colorindo com você cada retrato tirado dos olhos, que brincavam de serem lentes fotográficas.
Do sonho antigo sem sentido, preto e branco e com apenas você colorida, a certeza já pairava no ar: ainda seria amor. Quando o presente-passado chegou, senti na pele a tua pele que senti sem tocar no sonho antigo. Já era amor.
Já era amor, e o era desde sempre. Desde quando ainda não sabia teu nome, desde cada bom dia, desde cada "estava com saudade de falar com você", desde cada madrugada no computador, desde cada olhar trocado à distância.
E foi felicidade. Foi felicidade desde a promessa de que nos encontraríamos, desde o primeiro abraço, desde o primeiro entrelaçar de mãos, desde o primeiro beijo. Foi felicidade também em cada lágrima cheia de até logo, em cada despedida.
Foi luz no fim do túnel. Teu sorriso feito um farol que guia os navios em alto mar, me levou à praia chamada você. Onde estava tudo o que eu precisava. Onde eu descobri tudo o que eu ainda não precisava. Onde com paz no coração, descobri o amor em meio ao caos de luz e proteção causado pela tempestade chamada você. 
Há tempos caminhei de volta rumo ao mar, arrumei meu barquinho e zarpei. Talvez estivesse louco e sem saber como cuidar de tamanho amor. Talvez estivesse embriagado com tanta proteção e carinho. Talvez estivesse perdido, acontece às vezes.
E no meio de tanto tempo passado, digo o que ainda é: é amor. É felicidade. É gratidão. É luz, não no fim do túnel, mas à frente.
E em cada retrato tirado dos olhos, que brincavam de serem lentes fotográficas e que foram coloridos com a cor dos teus olhos gordinhos e do teu sorriso imperfeitamente perfeito, o sentimento inexplicavelmente bom surge.

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