sexta-feira, 10 de março de 2023

Eu te esperei. Te esperei das mais diversas formas. Esperei que você chegasse. Esperei que você ficasse. Esperei que você me quisesse. Esperei que você quisesse ficar. Esperei que você voltasse. Esperei pela sua mensagem. Esperei pra ouvir tua voz. Esperei te ver. Esperei te tocar.

Ao passo que eu esperava, eu me animava quando você estava. Nas poucas vezes que estava. E no pouco que estava, eu queria que estivesse mais. Queria te tatear mais. Como um livro novo que você começa a ler e fica imerso rapidamente, eu queria passar minhas mãos por você, sentir teu cheiro, te folhear. Te consumir mais rápido e mais profundamente. O quanto desse. O quanto nos bastasse.

Queria olhar no fundo dos seus olhos e te dizer algo. Algo que nem mesmo eu sei o que é. Você me causa euforia. Às vezes eu não sei o que dizer ou como agir. Não sei se deveria ser ofensivo ou te deixar ganhar campo. Só sei que te esperei. E te esperei...

Isso tudo ao mesmo tempo que é fácil, é difícil. É complicado. Não tem muita lógica. Não tem caminho. Estamos aqui e não estamos. Você não está. Depois não estou. E depois surgimos novamente, na promessa de não estarmos. No adeus que não é adeus. No fica só hoje. Mas não quero só hoje. Não assim. Sonhei com sua pele na minha. E com seu beijo gelado. E com seus dedos contornando minha sobrancelha, meu rosto, meus lábios. Com seus dedos se entrelaçando com os meus. E ficávamos. Mas era só sonho. Eu ficava. No fim só.