quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Eu te amo, vida!

Eu escrevi uma carta para ela. Foi a coisa mais linda e mais egoísta que já escrevi.
Eu coloquei, em cada letra, uma pequena porção do amor que tenho por ela. A cada palavra escrita eu sentia meu coração aliviar. Finalmente ela saberia tudo o que o seu amor fizera comigo. Saberia finalmente que foi única e sempre será.
Meu amor saberia que eu nunca parei no tempo. Eu só nunca quis seguir sem ela. Nunca fui um homem de objetivos, sempre deixei a vida fazer a parte dela e eu sempre escolhi os caminhos mais perigosos. Num desses caminhos eu a encontrei. Ela me mostrou o caminho e a razão de se continuar seguindo. Agora me diga: qual a razão de continuar seguindo senão a razão de ter meu amor ao meu lado? Ela não vem mais. Nunca mais.
Ela saberia cada detalhe de minha partida. Não faltou amor, faltou sanidade.
Ela saberia que meus olhos caem de amor pelos olhos dela. Saberia que meus ouvidos se contorciam de tesão ao ouvir o seu sotaque. Saberia que meu coração ficava feliz ao estar perto do coração dela, e isso bastava. Saberia o quanto eu a amo, mais que tudo. Ela saberia, se um dia eu enviasse a tal carta.
Ela nunca vai saber que entre os meus maiores desejos, um reina absoluto: que ela esteja bem e que seja a mulher mais feliz do mundo. Isso ela nunca saberá, infelizmente.