domingo, 9 de abril de 2017

Quando eu tomo decisões sobre atitudes que podem me levar para longe dela, eu paro. Meu subconsciente me faz parar, eu sonho, eu posso ouvi-la implorar para que eu pare, como ela já fez antes. Eu paro e ela me diz, finalmente, que eu deveria ter parado antes.

Por muito tempo então, eu parei. Sem me dar conta que ela já estava longe para sempre, em cada parada, eu me afastei de mim. Antes eu não pude escolher, eu a afastei sem nem saber o porquê. Eu já me perdi dela e de mim mesmo há tempos. Eu escolhi, dessa vez por um motivo plausível e consciente, ir. Posso ver cada memória feliz que tive com ela, posso ver cada sorriso dela, posso sentir minhas pernas falharem e meu coração fraquejar, posso ver meu psicológico estraçalhar, mas eu não desejo parar. Eu desejo seguir e me reencontrar.

A culpa corrói cada canto da alma, só pode ser perdoado aquele que se perdoou. Eu não me perdoei por ter negligenciado amor a ela, não me perdoei por não ter estado ao lado dela e nem por ter destruído tudo de bom que criamos juntos e talvez tudo de bom que ela tinha. A vida é um fato engraçado, por estupidez eu deixei de dar tanto amor a ela, e veja como estou agora, com todo esse amor por ela que me transborda a alma e mata cada suspiro de resistência em mim.

Eu decidi que mereço continuar e não esquecer. Entendi que minha penitência seja amá-la, pelo resto de minha vida, através dos olhos de outra mulher.

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